Apesar de termos fechado o segundo trimestre de 2022 com a taxa de desemprego em 9,8%, que atinge 10,6 milhões pessoas – trata-se da menor taxa de desemprego nos últimos 6 anos, segundo dados divulgado pelo IBGE –, ainda temos muito que evoluir para reduzir o número de pessoas atingidas pelo desemprego.
Muitas pessoas reclamam da falta de oportunidade no mercado de trabalho. Porém, está acontecendo algo diferente no mercado que tem chamado muito a atenção, principalmente de quem atua diretamente com recrutamento e seleção de profissionais para reposição ou para suprir novas demandas do mercado.
Além da falta de mão de obra qualificada, enfrentamos um alto índice de desistência de candidatos. Muitos não comparecem para o processo de seleção, outros participam, mas não dão sequência, e tem aqueles que seguem até o final do processo e após a aprovação, declinam das oportunidades. Tem também os que iniciam no trabalho e em poucos dias desistem ou pior, começam a faltar sem qualquer tipo de justificativa. Esses fatos que já vinham, ocorrendo, nos últimos meses teve uma crescente no número de desistências de candidatos.
O que pode estar causando essas desistências?
- Salário e benefícios não condizentes com o mercado;
- Falta ou demora no retorno do processo seletivo;
- Proposta com melhores condições;
- Informações divergentes entre seleção e a realidade;
- Não identidade com a empresa contratante;
- Atividade paralela;
- Localização da empresa;
- Falta de dinheiro para locomoção;
- Desmotivação e desinteresse para iniciar novo trabalho;
- Falta de responsabilidade e insegurança;
- Suporte financeiro da família, entre outros.
Desistir de uma vaga de emprego quando muitos estão clamando por uma oportunidade parece algo ilógico, no entanto, tem sido comum nos dias atuais.
Esta prática tem causado transtorno e aumento nos custos. Mas, é o que temos para hoje!
Por Roberto Martins, RM Empresarial.