O mundo atravessa uma crise de falta de mão de obra qualificada e o Brasil faz parte do grupo de países, que enfrenta grande dificuldade em recrutar candidatos com a qualificação necessária e exigida pelos empregadores.
Constatamos que nos últimos anos aumentou a dificuldade para encontrar profissionais desde as funções mais simples até as mais complexas e, estas últimas exigem maior experiência e formação.
Porém, percebe-se a queda de interesse por parte das pessoas em buscar uma qualificação necessária para seu desenvolvimento e atualização. Com as mudanças impostas pelo mercado de trabalho e pelo avanço da tecnologia que há anos vem apontando para a necessidade de mudanças comportamentais e de atitudes por parte da população, é imprescindível a atualização.
A falta de oportunidade para os mais jovens ingressarem no mercado de trabalho, diminui a possibilidade de termos mais pessoas qualificadas e experientes e, se atrelarmos isso ao baixo nível da educação praticada no país, teremos um grupo grande de pessoas despreparadas para atender os requisitos mínimos dos empregadores.
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Além das dificuldades para a qualificação profissional, há a exigência do desenvolvimento da competência humana, onde o candidato precisa desenvolver a parte comportamental, a apresentação, postura, equilíbrio, educação, relacionamento e o trabalho em equipe. Essas competências dependem apenas do interesse do indivíduo em desenvolvê-las e aprimorá-las, o que trará ganhos imensuráveis para sua vida profissional.
Não podemos deixar de ponderar outras razões pela falta de mão de obra qualificada, como o baixo investimento na capacitação do colaborador, falta de identificação dos profissionais com a função desempenhada, salários não compatíveis com as exigências, requisitos acima da real necessidade e bom ambiente de trabalho.
A falta de mão de obra traz outros problemas como a dificuldade dos empregadores em manter seus talentos, devido à alta procura e a baixa oferta de mão de obra, além do grande número de candidatos que desistem durante o processo de seleção.
Precisamos urgente de mudanças, tanto do lado dos empregadores, analisando as reais necessidades das competências impostas para as funções, como a dos profissionais em buscar o desenvolvimento por conta própria ao invés de ficar esperando que outras façam por ele.
Por Roberto Martins, RM Empresarial.