Já escrevemos sobre esse tema, mas na realidade a situação está cada vez pior. A dificuldade em conseguir candidatos qualificados e até candidatos para os cargos mais básicos, tem aumentado drasticamente.
Apesar de termos a menor taxa de desemprego dos últimos 10 anos, ficando em 7,9%, segundo divulgação do governo, a situação poderia ser bem melhor se tivéssemos uma mão de obra com melhor educação, interesse em crescer e desenvolver e, principalmente com vontade de trabalhar.
Antes da pandemia já vivíamos um período de baixa, mas após a pandemia e com a volta à “normalidade”, as dificuldades para encontrar pessoas interessadas e comprometidas, estão cada vez pior.
Empresas de todos os segmentos enfrentam problemas e reclamam com a falta de mão de obra e morosidade para repor profissionais, que muitas vezes, chega a impactar na produtividade, na entrega de projetos, dificultando o crescimento das empresas.
Empresas apontam a falta de profissionais qualificados disponíveis para uma recolocação como um dos motivos da demora na contratação.
Observamos que certas profissões caminham para a extinção, devido à grande dificuldade de se achar profissionais como por exemplo, açougueiros, padeiros, pedreiros, serventes, eletricistas, mecânicos, pessoal para administração com qualificação entre outras. A nova geração não demonstra interesse por certas profissões e os profissionais mais experientes estão se aposentando, consequentemente, falta profissionais no mercado e não há nenhum movimento forte para preparar novos profissionais. Não há um trabalho junto às escolas e comunidades para despertar interesse nos jovens para os cursos profissionalizantes, o que poderia ser uma forma de prepará-los e motivá-los a ingressarem no mercado de trabalho.
Além da falta de candidatos preparados, enfrentamos outros problemas que contribuem com a demora na contratação de profissionais. Podemos citar: o alto volume de desistência dos candidatos; demora das empresas no andamento do processo de seleção; falta de breve retorno aos participantes do processo; salários e benefícios não atrativos para a função, entre outros.
A maioria das empresas quer profissionais prontos. Mas esses profissionais não estão disponíveis e para a troca de emprego precisam ter propostas atraentes.
Oportunidades de trabalho existem, o que está faltando é vontade de trabalhar, crescer e ir à luta, pois a vida passa muito rápida.
Por Roberto Martins